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Corrimento vaginal – Como evitar e manter a saúde da sua vagina

Diversos fatores podem causar o corrimento vaginal em mulheres, sendo esta uma condição muito comum.

Embora seja um fenômeno natural do corpo feminino, pode se tornar um problema incômodo e embaraçoso. Por isso, é importante saber como preveni-lo e tratá-lo. 

Neste artigo, vamos abordar as principais causas do corrimento vaginal, como evitá-lo e dicas para manter a saúde da sua vagina.

O que é corrimento vaginal?

O corrimento vaginal é a secreção natural produzida pela vagina para manter a sua limpeza e prevenir a proliferação de bactérias e outros micro-organismos. A aparência e a quantidade do corrimento podem variar de acordo com o período do ciclo menstrual, o uso de medicamentos, o estado de saúde e a idade da mulher.

Causas do corrimento vaginal

Diversos fatores podem causar o corrimento vaginal:

  1. Infecções fúngicas: São causadas pelo fungo Candida albicans, que provoca sintomas como coceira, ardência e vermelhidão na região vaginal.
  2. Infecções bacterianas: Podem ser causadas por uma variedade de bactérias, incluindo a bactéria Gardnerella vaginalis, que causa a vaginose bacteriana.
  3. Doenças sexualmente transmissíveis: Algumas doenças sexualmente transmissíveis, como a clamídia, a gonorreia e a tricomoníase, podem causar corrimento vaginal.
  4. Uso de antibióticos: O uso prolongado de antibióticos pode afetar o equilíbrio da flora vaginal, favorecendo o crescimento de micro-organismos nocivos.
  5. Gravidez: Durante a gestação, o corpo passa por diversas mudanças hormonais que podem afetar a quantidade e a qualidade do corrimento vaginal.
  6. Menopausa: Com a diminuição dos níveis hormonais, a produção de muco vaginal também é afetada, podendo causar ressecamento e desconforto.

Como evitar o corrimento vaginal?

Existem diversas medidas que podem ajudar a prevenir o corrimento vaginal, como:

  1. Higiene íntima: É importante manter a região íntima limpa e seca, evitando o uso de sabonetes perfumados, duchas vaginais e produtos de higiene que possam irritar a mucosa vaginal.
  2. Alimentação saudável: Uma alimentação balanceada, rica em fibras e vitaminas, contribui para manter o equilíbrio da flora vaginal.
  3. Uso de roupas íntimas adequadas: Dê preferência a roupas íntimas de algodão, que são mais absorventes e permitem a ventilação da região íntima.
  4. Prática de atividade física: A atividade física regular ajuda a melhorar a circulação sanguínea e a reduzir o estresse, fatores que podem contribuir para a saúde íntima da mulher.
  1. Prática de sexo seguro: O uso de preservativos e a manutenção da higiene íntima são importantes para prevenir infecções sexualmente transmissíveis que podem causar corrimento vaginal.
  2. Evitar o uso de produtos químicos: Produtos como desodorantes íntimos e sprays perfumados podem causar irritação e alterar o pH vaginal, favorecendo o crescimento de micro-organismos prejudiciais.
  3. Evitar roupas apertadas: Roupas apertadas e que não permitem a ventilação adequada da região íntima podem favorecer o aparecimento de infecções.

Dicas para manter a saúde da sua vagina

Além das medidas para evitar o corrimento vaginal, existem algumas dicas que podem ajudar a manter a saúde da sua vagina:

  1. Consulte um ginecologista regularmente: O acompanhamento médico é fundamental para prevenir e tratar problemas ginecológicos, como o corrimento vaginal.
  2. Mantenha uma boa higiene íntima: Lave a região genital apenas com água ou com um sabonete íntimo adequado, evitando o uso de duchas vaginais.
  3. Use roupas íntimas de algodão: As roupas íntimas de algodão são mais confortáveis e permitem a ventilação adequada da região íntima.
  4. Evite o uso de absorventes diários: O uso prolongado de absorventes diários pode aumentar a umidade na região íntima, favorecendo o aparecimento de infecções.
  5. Pratique o autoexame: Conheça o seu corpo e observe possíveis alterações na região genital, como corrimento, coceira, dor ou vermelhidão.

Quando procurar um médico

É importante procurar um médico ginecologista se o corrimento vaginal apresentar características diferentes do habitual, como mudança na cor, odor forte, coceira intensa ou dor abdominal. Além disso, as mulheres devem buscar atendimento médico imediatamente caso o corrimento for acompanhado de outros sintomas, como febre, por exemplo.

Tratamento do corrimento vaginal

 O tratamento do corrimento vaginal pode variar de acordo com a causa e a gravidade da condição. Em casos de infecções bacterianas ou fúngicas, são prescritos medicamentos antifúngicos ou antibióticos, que podem ser administrados por via oral ou tópica. Já em casos de corrimento causado por desequilíbrios hormonais, é indicado o uso de terapia hormonal. É importante destacar que o tratamento deve ser prescrito por um médico ginecologista, que irá avaliar as necessidades e particularidades de cada caso. Além disso, é fundamental seguir as recomendações do profissional e realizar o tratamento completo, mesmo que os sintomas desapareçam antes do término da medicação.

Impacto psicológico

O corrimento vaginal pode causar impacto psicológico nas mulheres, gerando sentimentos de vergonha, desconforto e baixa autoestima. É fundamental que os profissionais de saúde atentem para essa questão e ofereçam um acolhimento adequado, respeitando as necessidades e emoções das pacientes.

Preconceitos e tabus 

Infelizmente, a sociedade ainda trata esse tema da saúde íntima feminina com preconceitos e tabus. Por isso, é importante que as mulheres tenham acesso a informações claras e precisas sobre o assunto, a fim de que possam cuidar da sua saúde de forma plena e consciente. A educação sexual e a orientação médica são fundamentais nesse processo.

Saúde íntima na menopausa 

Durante a menopausa, ocorre uma diminuição nos níveis de estrogênio no organismo feminino, o que pode resultar em mudanças significativas na saúde íntima da mulher. Entre essas mudanças, podemos citar o ressecamento vaginal, a diminuição na produção de lubrificação natural e a perda de elasticidade da região genital.

Essas alterações podem gerar desconforto, dor durante a relação sexual e aumentar o risco de infecções genitais. Por isso, é importante que a mulher converse com seu médico sobre esses sintomas e avalie a necessidade de terapia hormonal ou outras alternativas terapêuticas que possam melhorar a sua qualidade de vida.

A terapia hormonal consiste na administração de hormônios sintéticos que substituem a ação do estrogênio no organismo feminino. Essa opção terapêutica pode ajudar a restaurar a lubrificação natural da região vaginal, melhorar a elasticidade da mucosa e prevenir infecções genitais. No entanto, é importante ressaltar que a terapia hormonal pode apresentar riscos e contraindicações em alguns casos, por isso é fundamental que a mulher converse com seu médico e avalie os benefícios e os riscos dessa opção terapêutica.

Além da terapia hormonal, existem outras alternativas terapêuticas para melhorar a saúde íntima na menopausa, como o uso de lubrificantes vaginais, a prática de exercícios para fortalecer a musculatura pélvica e a adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas. O importante é buscar orientação médica e cuidar da saúde íntima com atenção e carinho, mantendo uma relação de confiança e respeito com o próprio corpo.

Conclusão

Mulheres podem prevenir e tratar o corrimento vaginal com algumas medidas simples, apesar de ser uma condição comum. É importante manter uma boa higiene íntima, evitar o uso de produtos químicos agressivos, praticar sexo seguro e consultar um ginecologista regularmente. Dessa forma, é possível manter a saúde da sua vagina e evitar problemas ginecológicos no futuro.

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